terça-feira, 12 de março de 2013

EXERCÍCIOS INTERVALADOS DE ALTA INTENSIDADE


Muitos acreditam que quanto mais exercício aeróbico fizer, mais irá emagrecer, dizendo que mais caloria irá queimar, mais magra irá ficar. A verdade é que através de estudos e pesquisas, cada vez mais se comprova que exercícios intervalados e com alta intensidade é  mais eficaz e mais benéfico,    obtendo melhor resultado em perda de gordura.

Inicialmente, a pessoa que pratica muita atividade aeróbica emagreceria, porém, com o passar do tempo, como perde músculos também, começa a sentir dificuldades para emagrecer e acaba estagnada no mesmo peso. Até porque, como eu já disse outras vezes, nosso corpo “se acostuma” com a quantidade de atividade física regularmente praticada, sendo necessário fornecer cada vez mais estímulos para perda de peso. Quando já se pratica uma quantidade grande de aeróbico, fica muito difícil majorar o estímulo sem comprometer a massa muscular.
Vamos dar uma olhada nos resultados práticos do estudo realizado pela Universidade de Colorado? Um primeiro grupo de homens e mulheres que fizeram apenas aulas aeróbicas conseguiram perder 1,8 quilo, mas não ganharam músculos, enquanto um segundo grupo fez a metade de aulas aeróbicas e levantamento de peso. O resultado? Perderam 4,5 quilos de gordura e ganharam 0,9 quilos de músculos. Fica a dica para você que se mata fazendo três horas de aeróbico: muito cuidado, no final das contas pode acabar te prejudicando.
Existem dezenas de estudos indicando os mesmos resultados: Universidade de South Wales, Austrália, na Universidade do Oeste da Escócia, Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, Universidade de Munique e tantas outras que podem ser citadas (ao todo foram vinte e duas pesquisas em Universidades diferentes). O denominador comum foi a conclusão de que é mais benéfico um exercício aeróbico de menor período de duração e mais intenso do que um aeróbico de longa duração (longa duração = mais de 50 minutos).


A explicação é simples: quando praticamos atividades aeróbicas de longa duração, nosso corpo secreta um hormônio chamado GRELINA, que desperta a sensação de fome no cérebro, fazendo com que as pessoas que pratiquem atividades de longa duração comam mais e acabem consumindo mais do que gastaram. Nas pessoas que praticaram atividade aeróbica intensa de curta duração, os níveis de grelina se mantiveram estáveis, logo, a pessoa gastou praticamente as mesmas calorias e não comeu tudo de volta depois.

Com isso, caiu a antiga teoria, utilizada até bem pouco tempo atrás, de que para queimar gordura a melhor forma era ficar o máximo de tempo possível se exercitando em uma intensidade moderada. Acreditava-se que esta seria a melhor forma porque a gordura é uma fonte de energia lenta, sendo necessário muito tempo de treino para queimá-la. Porém hoje já se sabe que isto não é verdade, foi comprovado que em atividades de alta intensidade o gasto calórico total é MAIOR. Por isso, prestem atenção: ficar horas se matando em atividade aeróbica é ruim tanto para ganho de massa muscular como para emagrecimento. Mais: em atividades de alta intensidade a queima de gordura persiste por mais tempo depois de cessada a atividade física.


No exercício anaeróbico intenso,  o carboidrato promove energia duas vezes mais rápida em comparação com gorduras e proteínas e geram cerca de 6% mais energia por unidade de O2 consumido. A rápida liberação de glicose no sangue, durante o exercício anaeróbico intenso é causada pela liberação hormonal (adrenalina, glucagon) que também ocorre de forma intensa resultando em uma tendência a ocorrer hiperglicemia. Já durante os exercícios moderados de longa duração. Durante os 20 minuto de exercícios, os glicogênios hepático e muscular suprem entre 40% e 50% da demanda (necessidade) energética, como restante sendo fornecido pelo fracionamento das gorduras (triglicerídeos intramusculares).
 No exercício leve, a gordura continua sendo  o principal substrato energético. À medida que o exercício prossegue e as reservas musculares de glicogênio diminuem, a glicose sanguínea passa a ser o principal fornecedor de energia proveniente dos carboidratos, porém as gorduras ainda proporcionam um percentual cada vez maior de energia total.
Eventualmente, a concentração plasmática de glicose sofre uma queda, pois a produção de glicose pelo fígado não consegue acompanhar sua utilização pelo músculo. Durante 90 minutos de exercícios eventualmente, a glicose sanguínea pode cair até os níveis hipoglicêmicos. Com depleção de carboidratos, a capacidade de trabalho diminui progressivamente após 2 horas para 50% da intensidade do exercício inicial. Esse nível reduzido de desempenho resulta do ritmo lento de liberação de energia aeróbica pela oxidação de gordura, que passa a ser a fonte energética primária nessa situação.



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